Suspeito de crimes brutais em Altônia foi levado para a delegacia

Os próximos dias podem ser decisivos para desvendar o mistério em torno dos dois corpos encontrados carbonizados na carroceria de uma picape, na área rural de Altônia. Um suspeito foi encaminhado para a delegacia da cidade mas não chegou a ficar preso.

Segundo o delegado Izaias Cordeiro de Lima, o suspeito “não definiu nada” para as investigações. Lima, que é delegado da vizinha Pérola, está à frente do caso junto com o colega Reginaldo Caetano da Silva, que optou por interromper as férias e retornar a Altônia.

Os dois delegados coordenam uma equipe de pelo menos oito pessoas, incluindo homens do Cope (Centro de Operações Policiais Especiais), que vieram de Curitiba.

O resultado do exame de DNA que vai dizer se os corpos são do empresário Valdir Brito Feitosa, 34 anos, e da estudante Bruna Zucco, 21 anos, deve sair na próxima semana. As amostras de sangue dos familiares e dos corpos encontrados estão sendo analisadas em Curitiba.

“A polícia trabalha desde o início de que se trata dos dois (Valdir e Bruna)”, disse Lima a OBemdito no final da tarde desta quinta-feira. “É um crime complexo e algo inesperado pode acontecer, como em qualquer investigação. Mas eu mantenho minha convicção inicial, que prefiro não revelar neste momento”, afirmou.

Segundo Lima, todas as ações de rua, incluindo interrogatórios, já foram feitas. “Agora nos concentramos na inteligência policial. Trabalhamos para a solução de um crime e não nos atemos em circunstâncias, como, por exemplo, se Bruna usava ou não prótese de silicone ou se tinha ou não um relacionamento com o Valdir. Neste caso, isso não significa nada para a polícia”, observou.

Sempre atencioso, porém cauteloso, o delegado também não quis falar sobre a convicção que defende. Assim que assumiu o inquérito, ele defendeu a hipótese de que Valdir poderia estar ligado ao contrabando de cigarros e que haveria uma busca contra ele na cidade, num possível acerto de contas.

Entenda o caso

Dois corpos foram encontrados carbonizados na área rural de Altônia, noroeste do Paraná, na manhã da terça-feira, 22 de março. Valdir Brito Feitosa e Bruna Zucco foram dados como desaparecidos na mesma data.

Familiares disseram que o carro em que os corpos estavam, uma picape Fiat Strada, era de Valdir. Parentes do empresário também reconheceram uma caixa de ferramentas que seria de Valdir.

Os pais e os avós de Bruna informaram não ter reconhecido nenhum pertence da estudante no veículo carbonizado, contrariando as primeiras informações divulgadas. O corpo que seria da estudante, assim como o que seria de Valdir, segue no IML (Instituto Médico Legal) de Umuarama.

Um exame inicial encontrou próteses de silicone nos seios do corpo feminino carbonizado. Familiares de Bruna, atual Miss Altônia, negam que ela usasse prótese, procedimento estético proibido em concursos de miss, sob pena de perda do título.

O quadro da segurança pública em Altônia é grave. A cidade, que está a poucos quilômetros do rio Paraná e do Paraguai, vem enfrentando as consequências de uma guerra travada por traficantes de armas e drogas e contrabandistas de cigarros.

(Fonte: www.obemdito.com.br)

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