Corregedoria investiga 7 PMs por corrupção ativa e facilitação ao contrabando

Após um ano e meio de investigações, a Corregedoria da Polícia Militar do Paraná foi concluída o inquérito militar 764/2017 e deixou o segredo de justiça caminhado agora para a conclusão dos autos, segundo a reportagem veiculada no site O Paraná.

O processo investiga a conduta de sete policiais militares, todos lotados à época no Destacamento da PM em Cafelândia, no oeste do Estado. Eles são suspeitos de corrupção ativa e envolvimento direto no processo de facilitação e cobrança de propina de contrabandistas de cigarros.

O documento se tornou público na última semana após conclusões das diligências que investigaram os sete policiais, sendo cinco homens e duas mulheres. O policial mais antigo em serviço é um soldado que está na ativa há 24 anos e a mais recente entrou para o serviço em 2014, ou seja, no momento dos fatos a policial estava na corporação havia apenas três anos.

Segundo um dos denunciantes que conversou com a reportagem do O Paraná, o esquema era antigo e envolvia praticamente todos os policiais naquele destacamento.

Os crimes

Em uma das frentes, o inquérito apurou crimes de trânsito. Nesse caso, condutores eram abordados em vias públicas, ou em acidentes, e, em vez da aplicação de multas sobre alguma infração, era cobrada propina para a liberação do condutor e dos veículos. Nos autos constam como exemplo, veículos apreendidos no pátio da PM em Cafelândia, mas que não contavam com autos de infração, confirmando a não aplicação de multas. A denúncia foi assinada por pelo menos 15 pessoas, a maioria se diz vítimas do grupo de policias investigados.

Na outra frente de investigações está a apreensão de cigarros contrabandeados e a prisão de um contrabandista, no segundo semestre de 2017, que acabou por desmantelar um esquema de corrupção. Ele e outros contrabandistas relataram à polícia que pagavam propina para trafegar livremente nas rodovias da região com veículos abarrotados de cigarros contrabandeados do Paraguai.

Conforme as investigações, três policiais citados nos autos eram os responsáveis por recolher o dinheiro ilegal dos contrabandistas que faziam o rateio com os demais naquele destacamento e que, além de saberem do esquema, eram convenientes, tinham ligação direta ou indireta com ele.

Investigação 

Os policiais investigados estão agora no chamado “conselho de disciplina”, mas mesmo com as investigações, eles não foram afastados da função, apenas transferidos de cidade.

“Diante de tanta materialidade, esse processo promete caminhar para a expulsão dos policiais. Geralmente nesta fase , quando sai do segredo de justiça, o processo costuma caminhar rapidamente. Ou seja, em dois ou três meses pode ocorrer a expulsão”, antecipa um dos denunciantes que acompanha o andamento do processo.

A reportagem de O Paraná tentou contato com os policiais citados nos autos, mas não conseguiu localizá-los.

As informações são do O Paraná.

(Fonte: Umuaramanews.com.br)

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